Uma dor no peito que eu não sei explicar, um nó na garganta que não se desmancha, uma ardência estranha nos olhos e uma gota de água descendo em meu rosto. Sim, acho que estou chorando. Logo eu, que nunca choro, que nunca me abalo, que sempre sou forte e normalmente sirvo de apoio para quem está sofrendo, logo eu, estou aqui chorando.
Normalmente sou reconhecida como aquela pessoa que vive no seu próprio mundo, ou seja, não é atingido por nada que vem de fora e não transparece nada do que acontece por dentro, e até então, eu concordava plenamente com essa teoria. Mas acho que conseguiram encontrar algo que conseguiu perfurar e contaminar esse meu mundo. E digo uma coisa: preferia como era antes.
Tinha um certo orgulho ao responder "Eu não me importo com isso!" ou "Eu não penso só em mim!" quando me faziam perguntas do tipo: "O que você sente em relação a essa situação?" ou "Você não sofre com isso?". Mas agora só consigo me sentir fraca por chorar em todos os momentos que penso nessas perguntas. Por esse mesmo motivo, evito conversar com pessoas que possam me perguntar essas coisas, porque sei que não serei capaz de manter meus olhos secos e responder com minha voz normal.
Toda essa situação, esses sentimentos tristes, essa dor que vem de dentro, essa confusão de pensamentos, tudo isso é novo para mim. Não sei como reagir, como superar ou como controlar essa situação. Minha única solução é colocar os sentimentos, a dor e as dificuldades em palavras, como por exemplo neste texto que você acaba de ler.
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